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Little Blog por Paulinha Alves

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A vida em suspenso

11 de abril de 2021      Deixe um comentário

Há meses venho começando e largando textos pela metade que pretendia postar aqui. Escrevi sobre a volta dos blogs, sobre livros que li, sobre os filmes que tenho assistido para o aquecimento do Oscar e sobre um monte de outros assuntos mais ou menos banais, mais ou menos importantes, que preencheram meus últimos dias e pensamentos. Mas nenhum desses textos chegou ao fim. Nenhum deles viu a luz do dia porque a vontade e o foco para terminar essas histórias sempre perdia forças antes do último ponto final.

Ainda que eu ache essencial ver, consumir e escrever sobre coisas que tirem meus pensamentos ao menos momentaneamente da pandemia, parecia que quando eu sentava para escrever no computador fora do horário de trabalho, nada era poderoso o suficiente para me manter entretida. Como se no meio do processo, minha cabeça sempre voltasse para o que tem acontecido nesses últimos tempos, sobre a incerteza e pavor que tenho sentido, e sobre o acúmulo de dias mais ou menos iguais que tenho vivido. E, diante de tudo isso, quão banal não pareciam ser aquelas linhas que eu havia digitado no docs? Qual o sentido de escrever sobre uma história fictícia llda no kindle, enquanto vivíamos nossa própria história de terror por aqui?

Demorou para eu entender que as coisas não precisavam ser assim. Que escrever sobre algo que não fosse o caos, no meio do caos, talvez fosse exatamente o que eu precisava para conseguir atravessar esse momento sem ser sugada pela tristeza. E que se antes, durante ou depois eu também precisasse desabafar sobre os meus medos e sobre tudo o que tem acontecido, estava tudo bem. Afinal, estamos com a vida em suspenso há mais de um ano. Perdi pessoas próximas, conto os dias para ver meus pais sendo vacinados, tenho medo de morrer dia sim e dia não também, e vi a pandemia tirar de mim coisas que sei que nunca vão voltar.

A vida não é mais a mesma e acho que é normal que meus textos reflitam isso. Seja em relatos pessoais como esse, em que as palavras não fazem muito sentido, mas que eu uso como uma forma catártica de entender a vida, ou em textos pausados, que demoro dias para escrever porque preciso respeitar meu tempo, mas que também não larguei para trás apenas por achar irrelevante diante do mundo lá fora.

Afinal, nada é tão irrelevante assim se me faz sossegar por alguns minutos e tirar, mesmo que momentaneamente, minha cabeça de um lugar ruim.

Em um dos últimos textos postados aqui no blog cheguei a falar sobre a pandemia. Era maio de 2020, estávamos há três meses em casa e fiz um desabafo sobre aquelas dias.

Era um medo legítimo o que eu sentia, obviamente, mas hoje em dia, quando olho para trás, vejo que era um medo ainda coberto de esperança de que em breve as coisas melhorariam. De que estávamos vivendo o pior naquele momento e o que o fundo do poço já havia sido alcançado.

Eu não fazia ideia do que estava por vir. E agora, passado quase um ano, sinto que vivi uma vida inteira desde então, com o mundo mudando muito, infelizmente não para melhor.

Esse texto não tem pé nem cabeça, da mesma forma como nossas vidas estão neste momento. Mas eu sentia que precisava botar pra fora essa confusão de pensamentos que têm cruzado a minha cabeça e que me assola todos os dias quando deito a cabeça no travesseiro. 

Quem sabe da próxima vez eu volte aqui falando sobre o Oscar, a volta dos blogs ou algum livro que li.

Até lá se cuidem, fiquem em casa e sintam-se abraçados.

Como nasce um jogo: a história de Slash Quest, novo game do Apple Arcade

2 de outubro de 2020      Deixe um comentário

Foi ainda no final do ano passado, pouco depois do Apple Arcade ter sido lançado, que eu resolvi dar uma chance para o serviço e ver o que achava do seu catálogo. Para quem não conhece, o Apple Arcade é um serviço de assinatura de jogos da empresa, em que é possível ter acesso a jogos mobile dos mais diferentes gêneros por uma mensalidade de R$9,90.

Desde então, eu já sentia vontade de escrever algo sobre ele e alguns dos seus jogos, mas calhou que o destino me ajudou e a ideia se transformou em algo ainda mais legal. A Natalia Dian, uma amiga querida, me colocou em contato com o André Rodrigues, diretor de arte e desenvolvedor de negócios da Big Green Pillow, um estúdio de jogos brasileiros daqui de Bauru. Eles estavam às vésperas de lançar um jogo exclusivo para o Apple Arcade – chamado Slash Quest e feito em parceria com a Mother Gaia, outro estúdio da cidade – e o André encontrou um tempinho para conversar comigo sobre o assunto.

Nesse papo falamos sobre o lançamento do jogo, seu processo de criação e desenvolvimento, e até mesmo sobre a sua exclusividade para o serviço – e como isso afetou na sua produção.

Aqui embaixo, portanto, você confere alguns momentos dessa conversa, além de informações bem legais sobre os bastidores da criação de um jogo. E, de quebra, já termina esse texto com um novo game pra colocar na sua wishlist.

Os primeiros golpes da espada

Slash Quest é um jogo de action-adventure em que o grande protagonista da história é um objeto animado: uma espada falante, dona de uma personalidade bastante forte. Perdida em uma terra distante, diversos personagens se alternam na missão de levá-la de volta ao castelo, enquanto o jogador controla os seus movimentos através de dois botões.

Além disso, há algo bastante particular a respeito dessa espada: toda vez que mata um inimigo, ela cresce, tornando a missão de brandi-la da forma correta e controlar seus movimentos ainda mais complicada.

Com diversos mini jogos e missões a serem realizadas, 12 níveis a serem alcançados e uma mecânica bastante diferente de tudo o que já vi, Slash Quest chega hoje (02/10) com exclusividade ao Apple Arcade. A sua história, no entanto, vem de muito antes disso, quando em 2015 a Big Green Pillow e a Mother Gaia participaram juntos de uma game jam e criaram o seu protótipo.

“Eu acho interessante como cada pessoa participa de game jams por motivos diferentes. Para a BGP sempre foi um exercício de testar as nossas habilidades, expressar ideias que o trabalho de work-for-hire (nossa única fonte de renda em 2015) não permitia e colaborar com amigos cujo trabalho a gente admira. A mentalidade é meio “se vamos trabalhar de fim de semana, tem que fazer valer”, e como resultado nossos jogos de jam costumam se basear numa premissa absurda que tem tudo para dar errado”, contou André. Por isso mesmo, quando o tema da Ludum Dare saiu (Growing e/ou Two Buttons), depois de muita discussão os estúdios chegaram em duas ideias nada convencionais.

A primeira, um jogo com coelhos, “uma espécie de tetris hexagonal e radial em que as peças são módulos de uma nave colonizadora de coelhinhos”, era promissora, mas acabou se mostrando bem menos legal do que a segunda opção. Uma proposta divertida que envolvia uma espada que crescia à medida que seus inimigos eram mortos.

“Daí até inventar que a espada seria a protagonista e teria um rostinho, coisa e tal, foi um pulo. A gente já chamava de Jogo da Espada. Mecanicamente ela já era claramente a personagem principal. E talvez eu tenha um costume de desenhar rostinho nas coisas. […] A ambientação em si, cores, e design de personagens foram em grande parte influenciados pela música que o Breakmaster [Breakmaster Cylinder] compôs. Ele mandou algumas opções, mas a que mais gostamos era meio sombria, com uma assinatura de tempo esquisita e instrumentos meio alienígenas tipo o theremin. Lembro bem de partir para a concept art ouvindo essa track em loop, tentando chegar em cores e formas que parecessem ter saído dela”, explicou.

“A espada faz tudo no jogo. É ela quem conversa com os NPCs, coleta tesouros, ativa botões… Foi uma restrição que impusemos ao design do jogo. Por exemplo, como projetar um elevador cujo verbo de ativação não é apertar um botão com o dedo mas sim dar uma baita espadada em alguma coisa?”

O sucesso de Slash Quest na game jam foi instantâneo. Ele ficou em primeiro lugar na votação popular da Ludum Dare (essa demo, inclusive, ainda está disponível para quem quiser jogar), e ainda que na época fosse inviável para os dois estúdios se juntarem, a ideia do projeto continuou na mente de seus criadores. O que se tornou possível alguns anos depois, quando a Big Green Pillow e a Mother Gaia passaram a dividir o mesmo escritório.

“Na verdade nós somos bons vizinhos há muito tempo, dividimos um escritório, depois nos separamos, depois voltamos para a mesma sala de novo… Algumas vezes já emprestamos uma pessoa ou outra entre as equipes, mas raramente compartilhamos um projeto inteiro. Foi uma junção bastante natural do ponto de vista criativo, e bem proveitosa do ponto de vista prático – quem diria que o jogo seria mais fácil de fazer com mais pessoas”, brinca André.

Foi assim que com muito trabalho e uma série de mudanças feitas para lapidar o jogo, a demo se transformou em um grande projeto, com muito mais detalhes e ainda mais potencial para agradar o público. “A gente se esforçou muito para manter o núcleo da premissa do Slash Quest original. Praticamente todo resto mudou. O jogo agora é 3D! Ao invés de uma experiência curtinha agora tem uma campanha completa, com NPCs, desenvolvimento de personagem, side quests e mini games”, conta animado.

A história em partes: o processo de produção do game

De cara, ao ter a oportunidade de conversar com o André sobre Slash Quest, uma das minhas maiores curiosidades a respeito do jogo era que ele falasse sobre o seu processo de produção. Afinal, quais são as fases de desenvolvimento de um game desde o momento em que a sua ideia surge até o seu lançamento?

Assim como ele explicou, é preciso guardar obviamente as devidas particularidades de cada jogo e empresa, afinal estúdios diferentes usam fluxos diferentes. Mas, para a Big Green Pillow, existem algumas partes desse processo bastante fáceis de serem observadas.

Da ideia ao lançamento

“Tem uma fase de concepção em que você cria a premissa básica do jogo, a temática, estética, se define as plataformas, quem sabe até produz um mockup da tela para ver como o jogo vai se parecer. No nosso caso essa fase foi a game jam. Depois vem a pré-produção, em que a gente define melhor certas coisas e trabalha numa demo. Um corte vertical do jogo que mostra o visual, mecânicas básicas e um loop de jogo próximos do que se pode esperar do produto acabado.

Entramos então em fase de pitch, em que o estúdio apresenta a demo para possíveis parceiros. Essa parte depende muito do tipo de parceria que o estúdio precisa. Às vezes se precisa de uma publicadora, às vezes de dinheiro para produzir o game, no nosso caso eram as duas coisas.

Com tudo fechado, equipe completa e dinheiro para sobreviver, se entra na produção em si. A do Slash Quest durou 18 meses, mas esse número varia drasticamente de estúdio para estúdio, projeto para projeto.

Jogo pronto, ou quase pronto, começa a fase de release, em que a equipe para de produzir novo conteúdo e passa a polir o conteúdo existente, corrigir bugs e etc. Artistas passam a trabalhar em materiais promocionais, todos testam e participam do controle de qualidade. Com sorte existe uma pessoa na equipe dedicada a alinhar as informações com as plataformas, imprensa, comunidade… É uma fase complicada, até pela falta de experiência dos profissionais com essa parte do ciclo, afinal todo desenvolvedor já concebeu a ideia de um jogo, mas poucos já lançaram um.” finaliza.

A exclusividade para Apple Arcade

Além da mecânica, Slash Quest tem um outro diferencial em relação a maioria dos jogos mobile: sua exclusividade para Apple Arcade. Algo que à primeira vista pode não parecer ter grande importância, mas que na realidade tem bastante impacto na maneira como o jogo precisa chegar ao consumidor final. Algo, inclusive, que influencia até mesmo na sua própria premissa.

“O mercado mobile convencional de hoje em dia é um que não tolera jogos muito diferentes do free-to-play massificado de todo dia. Jogos premium, ou sem um fluxo constante de conteúdo pelo menos, raramente são recompensados com sucesso econômico, independente da qualidade e polimento. O Arcade é um pouco diferente nesse sentido. Por ser um serviço de assinatura, a remuneração do desenvolvedor é diferente e torna viável que se crie jogos mais de nicho, muitas vezes finitos. O Slash Quest mesmo estaria fadado ao fracasso comercial fora do Apple Arcade, independente da qualidade do produto” pontua André.

Além disso, há ainda outro ponto a se considerar, que é o envolvimento direto da Apple no produto, fazendo um acompanhamento do seu processo de produção. De acordo com o desenvolvedor de negócios da Big Green Pillow, “normalmente o desenvolvedor trabalha no seu jogo em silêncio até perto do lançamento, já no Apple Arcade nós fizemos entregas regulares para a equipe de games da Apple, que julgava o andamento do projeto e devolvia comentários, feedbacks sobre possíveis melhorias”.

Para quem ficou curioso à respeito de Slash Quest, o game foi lançado hoje no serviço de assinatura tendo como publisher a Noodlecake Studios. Em seu site oficial é possível conferir todo o time responsável pela sua criação e ainda mais detalhes a respeito de sua história.

Corra dar o play e tenha um bom jogo!

Contas do Instagram e links úteis para atravessar a quarentena

20 de maio de 2020      Deixe um comentário

Já faz um bom tempo desde a última vez que fiz um “links para toda hora” aqui no blog, e com a chegada da quarentena – e tantas dúvidas e aflições que surgiram por causa dela – achei que essa categoria merecia uma atualização. Com novos temas e necessidades surgindo nesse período em que estamos confinados, me peguei pensando que valia muito a pena fazer um giro de links úteis que nos ajudem a atravessar essa pandemia com mais conforto.

E fica o aviso: quem tiver mais links legais para compartilhar sobre esses ou outros assuntos, a caixa de comentários é toda sua!

Exercícios físicos

Muito antes da pandemia, Kaisa Keranen já era um nome bastante conhecido no mundo fitness. A influencer e personal trainer já foi assunto de diversas revistas especializadas, e tem uma carreira nos esportes que começou na escola, persistiu pela universidade – onde se tornou membro da equipe de atletismo – e desembocou em um mestrado em Ciência do Exercício, Desempenho Esportivo e Prevenção de Lesões.

No Instagram, Kaisa sempre compartilhou trechos dos seus treinos, mas desde o começo da pandemia passou a criar rotinas de exercícios adaptadas ao espaço da sua sala ou quarto, e com utensílios da sua própria casa. Nos seus vídeos, por exemplo, é comum ela usar uma panela, duas latinhas, uma pilha de rolos de papel higiênico ou até mesmo um livro para treinar.

Além disso, as atividades que ela compartilha são sempre feitas de forma leve e alegre, com a única finalidade de fazer a gente se mexer. A maioria dos seus exercícios não focam em carregar peso, em perder quilos ou “esculpir” a barriga, sendo apenas atividades que nos tiram do sedentarismo e estimulam o corpo. Ou seja, servem para todo mundo!

Reprodução Instagram @kaisafit

Comidas gostosas

Não é porque o Fer é meu amigo, mas o seu Instagram é um dos que mais tem me ajudado nesses tempos. Além de ser um excelente chef de cozinha, o Fer compartilha diversas receitas fáceis (mesmo) e práticas (mesmo) no seu perfil. A foto do prato pronto vai para o feed, mas o passo a passo da receita fica salvo em um destaque dos seus stories, perfeito para quem quiser consultá-la em outro momento.

Nesses tempos em que a gente tem cozinhado mais do que nunca, é legal experimentar algumas receitas diferentes (porém fáceis de fazer e sem ingredientes fora do comum) no almoço ou no jantar. Pode ser uma torta de frango, um bolinho de bacalhau ou um canelone de abobrinha. Vale até pegar umas dicas de como fazer um bom feijão e caprichar ainda mais em um prato de todo dia. Tem para todos os gostos.

Reprodução Instagram @chef.fernandinho

Cuidados com o cabelo

Eu perdi a conta de quantas pessoas já apareceram nas minhas redes sociais compartilhando as suas histórias (nem sempre bem-sucedidas) de cortes ou tingimentos caseiros feitos na quarentena. Acho que para quem realmente precisa de uma manutenção nos fios, se aventurar a fazer isso sozinha é mesmo a única opção. Mas também acho que por mais que não seja um serviço profissional, dá para buscar algumas dicas que facilitem o corte caseiro ou a manutenção da sua tintura.

Nesse artigo do UOL Universa, com a ajuda de um profissional, eles explicam algumas técnicas que ajudam em um bom corte de cabelo, principalmente para quem quer aparar ou dar mais movimento aos fios. São dicas bem simples que mantém o penteado mais uniforme e dão mais firmeza na hora de avaliar o comprimento das madeixas.

Já nesse link do Steal the Look, é possível conferir 7 dicas bastante interessantes para quem já tem cabelos tingidos e quer mantê-los bem cuidados e hidratados durante esse período. São todos passos simples, que você reproduz na hora de lavar ou secar o cabelo, mas que são um bom quebra-galho até podermos voltar a rotina.

Reparos e organização

Seja por necessidade, capricho ou vontade de ocupar a mente, ficar tanto tempo em casa faz com que a gente tenha vontade de arrumar, organizar e até decorar alguns cantos do nosso lar. Em alguns casos isso facilita e torna mais cômoda nossa estadia, e, em outros, mesmo que o motivo seja apenas estético, não vejo como isso também não possa trazer coisas boas à nossa nova rotina.

Pensando nisso, o Instagram da Casa de Colorir é uma boa pedida, porque além das fotos lindas, que inspiram e trazem ideias interessantes, há uma série de vídeos curtinhos com temáticas diferentes que ajudam a repensar o nosso lar. Como cuidar das plantas da casa, como organizar a estante por cor, como decorar a parede com desenhos que a gente gosta… Várias ideias gostosas de pôr em prática nesse período recluso.

Além disso, vale a pena ficar de olho também no blog deles, que sempre tem textos gostosos de ler e que fazem pensar.

Reprodução Instagram @casadecolorir

Psicoterapia online e saúde mental

Fernanda, Ana Luiza e Mayara são as mulheres por detrás da SinaPsi, uma empresa daqui de Bauru que faz um importante trabalho de atendimento de psicoterapia online. Em tempos onde nossa saúde mental precisa mais do que nunca estar bem cuidada, vale a pena conhecer o trabalho que elas realizam.

No Instagram da SinaPsi, inclusive, há uma série de vídeos especialmente feitos para esse período de pandemia, com dicas, olhares e cuidados que devemos ter com nossa saúde mental nesses tempos. Questões envolvendo produtividade, rotina e a observação de nossos sentimentos já foram todas discutidas por lá, e são tópicos importantes de ver e rever, sempre que necessário.

E então, gostaram das dicas? Como já disse por aqui, quem tiver mais links legais para compartilhar está mais do que convidado a deixar sua contribuição nos comentários.

Beijos e até a próxima!

Coleção Audrey Hepburn: O Mistério da Torre (1951)

14 de maio de 2020      Deixe um comentário

O Mistério da Torre (em inglês, The Lavender Hill Mob) é um filme de comédia de 1951 dirigido por Charles Crichton e estrelado pelo grande Alec Guinness – o eterno Obi-Wan Kenobi da trilogia original de Star Wars. Alec, inclusive, foi indicado ao Oscar de melhor ator por esse filme e O Mistério na Torre faturou a estatueta de melhor roteiro original por sua história.

Premiações à parte, não sei se essa introdução foi suficiente para prender sua atenção a respeito do filme, mas achei injusto começar esse texto sem tentar mostrar o quanto The Lavender Hill Mob foi importante para sua época. Além de ser considerado um dos maiores filmes britânicos de todos os tempos, sua história entrou também para a lista do “1001 filmes para ver antes de morrer”- outro desafio cinéfilo no qual eu tenho me empenhado.

O longa, portanto, é extremamente interessante por si só, até porque no que diz respeito a Audrey Hepburn, eu tenho más notícias para dar…

A participação de Audrey

É inegável o quanto O Mistério da Torre representou um grande empurrão na carreira de Audrey, sendo, inclusive, o primeiro longa em que a atriz foi creditada. Mas a verdade é que sua participação nele é extremamente singela.

Logo na sua cena inicial, quando o protagonista está em um bar no Rio de Janeiro, Audrey (no papel de Chiquita) se aproxima de sua mesa, os dois se cumprimentam, trocam uma meia dúzia de palavras e a atriz sai de cena logo em seguida para não mais voltar.

Uma passagem extremamente rápida, mas que faz sentido para um filme que tem uma quantidade bem enxuta de personagens, e que prefere trabalhar muito bem cada uma de suas personalidades e como elas influenciam nos desdobramentos de sua história.

A história

A trama, que tem uma boa dose de humor ácido, nos apresenta a Holland, um funcionário do banco da Inglaterra que é o responsável por acompanhar o carro onde são transportadas as barras de ouro da instituição. Ele trabalha há muitos anos nessa função e a primeira vista parece ser um homem bastante humilde, que apenas se preocupa em realizar bem o seu trabalho e levar uma vida tranquila.

Seus desejos e planos ocultos, no entanto, ganham força quando ele conhece Pendlebury (Stanley Holloway), um vendedor de souvenirs que materializa tudo aquilo o que ele precisava para realizar sua grande ambição: roubar uma parte do carregamento do banco. Os protagonistas formam então uma dupla que navega entre o cômico e o desprezível, e ao lado de dois ladrões profissionais, bolam um plano para realizar esta missão.

Ainda que o roteiro e a montagem de O Mistério da Torre mereçam, de fato, toda a ovação que possuem, para mim a química entre a dupla de bandidos Holland e Pendlebury é o grande responsável por trazer brilhantismo ao filme. O encontro entre duas personalidades tão particulares (que conseguem dar um ar cômico às suas atitudes inescrupulosas) é essencial para que a narrativa se desenvolva da forma como deveria. A cena que se passa na Torre Eiffel, em especial, mostra muito dessas particularidades dos personagens e funciona como um grande clímax no filme.

Leve e divertido, O Mistério da Torre está disponível no serviço de streaming do Belas Artes e vale muito a pena ser visto.

E para os fãs de Audrey Hepburn que chegaram agora e não conhecem essa categoria do blog, é possível conferir o texto que fiz sobre Um Clarão Nas Trevas – filme protagonizado pela atriz – neste link. Em breve volto com mais longas que fazem parte da sua filmografia.

Beijos e até mais!

Abraçada com o que me traz conforto na quarentena

11 de maio de 2020      2 Comentários

Eu não sei muito bem por onde começar esse post. Nos últimos meses eu não tive quase vontade alguma de escrever por prazer, porque, pra ser bem sincera, eu estava perdida demais nos meus pensamentos para pensar em qualquer outra coisa que não fosse a pandemia. O coronavírus chegou destruindo milhares de coisas, – inclusive nossa saúde mental – e eu me senti tentando me agarrar em um pedaço de terra firme, enquanto tudo ao meu redor afundava.

Corta pra quase três meses de quarentena depois e nada melhorou de lá pra cá. Na verdade, a realidade tem se tornado ainda mais pesada e triste.

Na última sexta-feira o Brasil registrou o maior número de mortes desde o início da pandemia. 751 pessoas. Centenas de famílias que perderam alguém e nem puderam chorar a dor do luto. Que nem tiveram a chance de se despedir das pessoas que amavam.

Meses extremamente cruéis e que ainda estão me fazendo dar braçadas desesperadas em busca da terra firme. Mas que agora, tantos dias depois, me fizeram sair do estado catatônico em que me encontrava e procurar um lugar pra depositar minha ansiedade. Um filme, uma série, um texto…

Foi assim que a vontade de escrever voltou e foi assim que me peguei abraçada com as coisas que, não importam para onde eu vá ou faça, sempre me mantém confortável. Coisas pequenas, que vão das comidas que gosto a filmes antigos que já vi milhares de vezes, mas que me trazem uma segurança de saber onde estou pisando.

Eu sei da sensação gostosa que vou ter quando comer aquilo, eu sei da tranquilidade que vou experimentar quando ver aquele episódio daquela série de novo. Eu sei como essas coisas começam e terminam, sem nenhuma surpresa no meio do caminho. E nesse momento eu não quero nada que não esteja dentro da minha zona de conforto.

Esses dias vi alguém falando no Twitter sobre a ironia de ter uma lista com dezenas de séries esperando para serem vistas, e ser justamente aquela que a pessoa já viu mil vezes a escolhida para ser maratonada na quarentena. Me reconheci nessa fala, e fiquei pensando que faz mesmo todo sentido a gente se apegar nesse tipo de experiência que já vivemos e que foi boa.

Em momentos de crise, em que o mundo desaba ao nosso redor e abala um monte de coisa em que acreditamos, se apegar no que é certo, nos faz bem e nós sabemos que caminho percorre, é a escolha mais segura. Mesmo que isso seja uma simples série de TV. Ou um reality show onde já sabemos quem ganhou. Traz conforto e um pouquinho de acalento.

Sigo aqui, portanto, um tanto quanto paranoica com o mundo, demasiadamente triste e cada vez mais cética sobre o caminho que a humanidade escolheu – mesmo podendo ter sido mais grandiosa, em diversos aspectos. Mas sigo também apegada nas minhas séries de TV preferidas, nas minhas refeições comfort food, na presença do Diego, e nas conversas que tenho com amigos e família. No que me traz paz e me coloca de volta ao eixo, mesmo quando acho que o mundo vai me fazer enlouquecer.

Beijos e muita saúde pra todos nós

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QUEM ESCREVE


Me chamo Paulinha Alves, sou jornalista e tenho blogs desde que me entendo por gente. Transformei o amor pela escrita em profissão, e hoje trabalho produzindo conteúdo para plataformas impressas e digitais. Amo um bocado de coisas – como livros, games, moda, café e viagens -, e nesse espaço escrevo sobre elas e tudo aquilo que me inspira.

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